A chuva merece uma boa sapatada. E todos os caminhos vão dar
à Gardénia da Rua Ivens, quando se trata de sapatos e botas em grande, sem
época, mas muito à frente ao mesmo tempo.
Especialmente quando tenho comigo a minha amiga vintage, a
Joana. As pessoas não são isto ou aquilo, assim de chapa. Mas como isto é um
blogue cheio de técnica em matéria de fashion, é preciso arrumar. Joana, és
vintage, ok?
Já a conheço há imenso tempo (o que para mim às vezes é duas
semanas, mas ok… no caso da Joana a coisa vem da Secundária, que já foi noutra
vida).
O vintage é muito simples: a maré da moda vai num sentido, e
às vezes vai por todo o lado, sem sentido. O vintage vai contra a maré. Uma das
coisas que a moda faz é ir roubar ideias a peças bem feitas há uns bons anos, e
de que ninguém se lembra (como se o pessoal se lembrasse de alguma coisa)... e também vai
imitar os materiais. Ora, o vintage vai buscar essas peças, e gozar o toque
desses materiais - cá entre nós, impossíveis de imitar.
O vintage é confortável. Um pano usadinho é fofo e de
confiança. (Isto é o que a Rita diz dum certo cavalheiro, mas agora não vem ao
caso). O vintage não lê as notícias. Não precisa.
A Joana usa vestidos da avó. Literalmente. Por dentro, é
fresca como as outras (e se calhar mais…).
A Joana não gosta de andar por aí à solta, no meio do
maralhal. Mas a decoração e a frequência da Gardénia deixam-na à vontade. É uma
espécie de chique descontraído.
Enfim, vamos ao que interessa:
Como vêem pelas fotos, ela escolheu uns sapatos Fly que são
a cara dela (sem ofensa, que ela é bem gira) e eu aproveitei a companhia para
procurar os botins camel que me faltavam para esta meia-estação.
Saiam da frente. Deixem passar este par de mulheres
satisfeitas, os animais mais perigosos da selva!
vestido Ruga
mala Guess
botas Ros Lisbon
turbante Head Ji
pulseira It´s About Passion
Sapataria Gardénia
Rua Ivens, 70 Lisboa
todos os dias 12h-20h
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