Tenho um
método muito simples para não ficar parada no momento de responder a uma
“jogada” de que não estava à espera, sem deixar escapar um longo silêncio revelador,
ou pior. Entre amigas temos um serviço especial, o SOS SMS. É infantil, mas é
útil. Só tem duas regras:
1) O problema tem de ser apresentado numa só frase, a
seguir à sigla SOS.
2) O Ele tem de ser conhecido de todas, pelo menos de muita
conversa, para o conselho de emergência ser objectivo.
O serviço é gratuito, ou
seja, ninguém fica a dever favores, nem erros.
Em caso de
beco sentimental sem saída, segue o SMS. Todas sabem que estejam onde
estiverem, com quem estiverem, é preciso responder. A regra de bom senso é que
é melhor não fazer nada antes de chegarem duas respostas.
Não fazer
nada, aliás, é sempre o melhor a fazer neste tipo de cenários. Em primeiro
lugar, este sistema é uma maneira pateta e prática de adiar gestos mal
pensados.
Exemplo:
Ele diz que
a minha teimosia em definir zonas de separação para a nossa vida diária e os
nossos interesses e amizades não é nada saudável e não tem de ser assim. Que a
vida dele é um livro aberto e ele não precisa de estar a definir nada. Que esta
minha conversa só mostra medo do compromisso, ou vergonha de não parecer
“moderna” ao pé das amigas.
SMS:
SOS Ele
está-me a dar a conversa do livro aberto e que não tem nada a esconder!
Respostas:
Patrícia –
Violência doméstica!
Rita – Falou
com a mãe ou com os amigos. Péssimo. Quer cortar connosco!
Mariana –
Calma. Está com ciúmes. É parolo, mas ainda pode aprender.
Pronto.
Assim foi mais fácil rir e tomar uma decisão mais informada, que já demorava.
Fechei o livro!