A Mariana faz tudo bem feito. Não consigo metê-la em certos cafés do Chiado, onde o serviço parece emprestado a alguma cervejaria da esquina, apesar dos preços de quatro estrelas. Para falar com a Mariana, só a Confeitaria Nacional. Guardanapo no colinho, um chá, uma limonada e duas torradas.
Dois indianos para o querido, na sua caixa, para levar. Os indianos são fofos de pão-de-ló, com capa glacé, riscadinha e macia. Têm doce que chegue para acompanhar um café sem açúcar, ou dois.
A Mariana faz tudo bem feito, mas desta vez tinha um problema! Nós dispensamos o conforto dela. Ela dispensa a nossa liberdade. Mas nos problemas entendemo-nos e estamos umas para as outras.
O problema era simples, afinal. O marido tem outra. Mas não é esse o problema. O problema é que é outra, mas não é a do costume. (Posso falar dele porque não o conheço, e Mariana é um nome de código, obviamente).
Não argumento em relação a isto. No ambiente social da Mariana, uma “outra” ignora-se, que é outra maneira de dizer aceita-se. Duas é descuido.
Especialmente se a nova liga lá para casa, o que mostra uma estúpida falta de respeito pelas regras. Como resolver?
Optámos pela abordagem “mandar a bronca para o lado dela”. Com uma ou duas frases casuais.
“Ligou uma colega tua cá para casa, mas coitada não deu para perceber o que ela queria, nem se apresentou. Diz-lhe para não ligar quando não atendes no telemóvel. Tu nunca trazes o trabalho para casa.”
“Ligou uma colega tua cá para casa, mas coitada não deu para perceber o que ela queria, nem se apresentou. Diz-lhe para não ligar quando não atendes no telemóvel. Tu nunca trazes o trabalho para casa.”
casaco Nanning
calças Nanning
camisa Nanning
colares Nanning
botas Nanning
mala Palla´s
Confeitaria Nacional
Praça da Figueira, 18 B Lisboa
Horário: 8h - 20h
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