'BORA LÁ, BRUXARIA!

 

Venha a noite das bruxas.

Pode-se gostar ou não das festas importadas. Mas depois há embarcar ou não embarcar. Eu embarco. Dia dos Namorados. Halloween/Noite das Bruxas. O que vier. Há importações piores, como os martelinhos de plástico do São João, em vez do alho-porro.

No dia 31 de Outubro, a Praça de Londres vai ser a feira nocturna de Lisboa, aberta a vampiros, zombies, lobisomens e bruxas. Os turistas à paisana também são bem-vindos… só não podem é ter esperança de ganhar, no final, os prémios sensacionais reservados para as melhores fantasias, em várias categorias.

Esta zona continua a ser, de longe, uma das melhores para o comércio de rua em Lisboa, e a festa pretende afirmar essa força. As lojas vão estar abertas até à meia noite, com ofertas de 20% de desconto, e vão estar decoradas a rigor. Haverá música, animação, petiscos inspirados no tema (!) e muitas surpresas.

A loja Nanning - a minha fantasia do ano inteiro – também vai estar no meio de muitas outras, com descontos de 20%. Não vai haver só peças em preto!

UMA COISA IMPORTANTE PARA DIZER

“Tenho uma coisa importante para dizer-te”, diz ele. Por sms.

Mando um “?”

Ele responde com um “?“

“Diz”, escrevo eu.

“Quero dizer-te pessoalmente”, escreve ele.

“Então para quê o sms?”, pergunto.

“Foi para preparar o momento”, responde.

“Da próxima vez que quiseres um momento, prepara pessoalmente. Também gosto. Tens medo, sem rede?”

CONFEITARIA NACIONAL

A Mariana faz tudo bem feito. Não consigo metê-la em certos cafés do Chiado, onde o serviço parece emprestado a alguma cervejaria da esquina, apesar dos preços de quatro estrelas. Para falar com a Mariana, só a Confeitaria Nacional. Guardanapo no colinho, um chá, uma limonada e duas torradas.

Dois indianos para o querido, na sua caixa, para levar. Os indianos são fofos de pão-de-ló, com capa glacé, riscadinha e macia. Têm doce que chegue para acompanhar um café sem açúcar, ou dois. 

A Mariana faz tudo bem feito, mas desta vez tinha um problema! Nós dispensamos o conforto dela. Ela dispensa a nossa liberdade. Mas nos problemas entendemo-nos e estamos umas para as outras.

O problema era simples, afinal. O marido tem outra. Mas não é esse o problema. O problema é que é outra, mas não é a do costume. (Posso falar dele porque não o conheço, e Mariana é um nome de código, obviamente). 

Não argumento em relação a isto. No ambiente social da Mariana, uma “outra” ignora-se, que é outra maneira de dizer aceita-se. Duas é descuido.

Especialmente se a nova liga lá para casa, o que mostra uma estúpida falta de respeito pelas regras. Como resolver? 

Optámos pela abordagem “mandar a bronca para o lado dela”. Com uma ou duas frases casuais. 

“Ligou uma colega tua cá para casa, mas coitada não deu para perceber o que ela queria, nem se apresentou. Diz-lhe para não ligar quando não atendes no telemóvel. Tu nunca trazes o trabalho para casa.”

casaco Nanning
calças Nanning
camisa Nanning
colares Nanning
botas Nanning
mala Palla´s

Confeitaria Nacional
Praça da Figueira, 18 B  Lisboa
Horário: 8h - 20h

JÁ CÁ CANTA! (PLACEBO)

Agarrei o bilhete. Dia 4 de Novembro volto a ter 16 anos (num sentido puramente físico e temporário, eu sei, eu sei). Os Placebo estão de volta aos Coliseus de Lisboa e Porto. E eu estou de volta a tanta coisa que só de pensar dá-me um arrepio, um arranhão de guitarra pela espinha acima, uma bateria no coração, uma vontade de me juntar à voz metálica do Brian Molko e cantar “Too Many Friends” tão alto que o Facebook tem um crash.